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Sunday, March 18, 2012

Vida de São Maria Vianney 
Patrono da Administração Apostólica



João Maria Batista Vianney, era de origem pobre e humilde, foi o quarto filho de Mateus e Maria Vianney. Nasceu em 08 de Maio de 1786 em Dardilly/França. Foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Maria Santíssima. 


Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração. Seus pais cultivavam no filho esse espírito religioso e de piedade. Durante os anos da Revolução Francesa, quando a igreja da vila foi fechada pela perseguição religiosa, ele continuava a rezar. Aproveitava algum tempo no seu trabalho de cuidar de animais, que realizava junto com seus irmãos.

 
Quando jovem, caiu doente e passou quatorze meses nos hospitais de Lyon e de Roanne e não pode entrar para o serviço militar durante o império napoleônico. Desde pequeno queria ser padre, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza e, sobretudo a falta de estudos. Em 1813, ele ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon. O problema surgiu de imediato; João Maria não entendia nada, e nas provas do primeiro mês tirou notas baixas.
 
 
Insistiu em entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não foi admitido pelas mesmas razões. Por causa disto, ele foi mandado de volta para Ecully, para estudar Teologia com seu amigo, padre Balley. Depois do curso, foi readmitido no Seminário.

 
No dia 02 de Julho de 1814 foi ordenado Subdiácono. Depois da batalha de Waterloo, quando os austríacos invadiram a região, João Maria foi a pé por falta de transporte, para Grenoble onde em 13 de Agosto de 1815, ele foi ordenado padre. No dia seguinte celebrou sua primeira Missa!
        

Começou a sua vida sacerdotal como ajudante do bispo Balley. Em Janeiro de 1818 veio o novo pároco para Ecully, mas ele tinha uma vida totalmente diferente do padre Vianney. A par da simplicidade mais natural e de uma autêntica humildade, irradiava dele algo superior à inteligência, que se manifestava nos conselhos que dava e no jeito de conversar com as pessoas, de lhes sugerir soluções ou confortá-las.

 
O padre Vianney foi transferido para a paróquia da Aldeia de Ars-em-Dombes. Cidade cuja a população era de 200 a 300 habitantes. No dia 9 de fevereiro de 1818, uma sexta-feira, o p chegou em Ars, para cuidar de uma capela semi-abandonada. Veio em uma carruagem, guiada por um paroquiano de Ecully, onde carregou seus pertences e uma biblioteca com trezentos volumes. Apesar de pequena instrução, gostava de ler livros.
 

Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a neblina cobria as casas. O entendimento foi difícil, pois o menino, Antonio Givre, não sabia Francês e o dialeto de Ars era bem diferente de Ecully. Então perguntou ao garoto: “Menino, onde está Ars?” O menino apontou com o dedo dizendo-lhe: “É ali mesmo”. E João Maria Vianney disse ao menino: “Você me ensinou o caminho de Ars, e eu lhe ensinarei o caminho do céu”.
 

O pequeno pastor Antonio Givre morreu alguns dias depois dela. Um monumento de bronze, na entrada de Ars, lembra esse primeiro encontro. O Padre entrou no povoado levando muitos sonhos e esperanças. Quando chegou à paróquia de Ars, devolveu alguns móveis, deixando somente o necessário. A sua alimentação era muito simples, apenas algumas batatas cozidas. Ars era pequena no tamanho, mas enorme quanto aos problemas: muitas casas de jogatina, de prostituição, de vícios. A capela estava sempre vazia. Por isso dobrou seu tempo de oração, de jejuns e penitências. Visitava as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens.  


Diante disso, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”.

 
Ars Virou santuário com peregrinações. Pessoas cultas de outras cidade iam ouvir as homilias do Cura d’Ars. Quando algum padre lhe perguntava qual o segredo de tudo aquilo, o Padre Vianney lhe respondia: “Você já passou alguma noite em oração? Já fez algum dia de jejum?”.
   

Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite. Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar seus paroquianos. Passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14 horas confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes, etc. Ele marcava os horários para cada um.
 

São João Vianney tinha em sua mente a exortação de São Paulo: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17). Não falava com eloquência, nas homilias perdia o fio da meada, atrapalhava-se, muitas vezes não sabia como acabá-las cortava a frase e descia do púlpito acabrunhado. No confessionário. No aconselhamento falava do bom Deus de forma tão amorosa que todos saiam reconfortados. Não sabia usar palavras bonitas, buscava termos do quotidiano das pessoas. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-Dombes para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.
 


Toda vez, antes de começar a Santa Missa, ele tocava o sino, na torre em que ele construiu, para avisar que era hora do cristão rezar, lembrar de Deus. Sua vida de intenso trabalho, pouca alimentação, jejum e penitência, provocou um enfraquecimento. Aos 73 anos de idade, na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe a Unção dos Enfermos. Na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias 04 e 05, aproximadamente trezentos padres e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir.


 São João Maria Vianney Padroeiro dos Párocos


Em 1929, o Papa Pio XI proclamou São João Maria Vianney padroeiro dos párocos. Desde esta quadra, o Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, celebrado como “homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”. O santo nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades foi ordenado sacerdote. Foi o responsável pela conversão da cidade de Ars, no interior da França, e sua fama de conselheiro correu por todo o mudo cristão. Morreu em 1858 e foi canonizado em 1925.

São João Maria Vianney foi um sacerdote que viveu intensamente o seu ministério sacerdotal. A sua vida girou em torno da evangelização, pois não sossegou enquanto não converteu sua paróquia e cidade, que estavam afastadas de Deus e da comunhão eclesial. Nesse sentido, o Papa Bento XVI ilumina o nosso compromisso como presbíteros, neste ano dedicado ao ministério presbiteral.

Então, interroguemo-nos: “O que significa propriamente, para os sacerdotes, evangelizar? Em que consiste o chamado primado do anúncio?”. Jesus fala do anúncio do Reino de Deus como da verdadeira finalidade da sua vinda ao mundo e o seu anúncio não é apenas um “discurso”. Inclui, ao mesmo tempo, o seu próprio agir: os sinais e os milagres que realiza indicam que o Reino vem ao mundo como uma realidade presente, que em última análise coincide com a sua própria pessoa.

Neste sentido, é importante recordar que, também no primado do anúncio, palavra e sinal são indivisíveis. A pregação cristã não proclama “palavras”, mas Palavra, e o anúncio coincide com a própria pessoa de Cristo, ontologicamente aberta à relação com o Pai e obediente à Sua vontade. Portanto, um serviço autêntico à Palavra exige da parte do sacerdote que tenda para uma aprofundada abnegação de si mesmo, a ponto de dizer com o Apóstolo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20).

O presbítero não pode considerar-se “senhor” da palavra, mas servo. Ele não é a palavra, mas, como proclamava João Baptista, é “voz” da Palavra: “Voz que brada no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mc 1,3). O Papa Bento XVI nos relembra que o presbítero age na pessoa de Jesus Cristo, sendo Ele outro Cristo: “Alter Christus”, o sacerdote está profundamente unido ao Verbo do Pai que, encarnando, assumiu a forma de servo, se tornou servo (Fl 2,5-11).

O presbítero é servo de Cristo, no sentido que a sua existência, ontologicamente configurada com Cristo, adquire uma índole essencialmente relacional: ele vive em Cristo, por Cristo e com Cristo na missão de salvar almas. Precisamente porque pertence a Cristo, o presbítero encontra-se radicalmente ao serviço dos homens: é ministro da sua salvação, nesta progressiva assunção da vontade de Cristo, na oração, no “estar coração a coração” com Ele. Assim, “esta é a condição imprescindível de cada anúncio, que exige a participação na oferenda sacramental da Eucaristia e a obediência dócil à Igreja”.

Na celebração da festa do Cura d’Ars somos todos, sacerdotes pelo batismo, a refletir sobre o chamado universal à santidade, como nos ensinou São João Maria Vianney: “Eu lhe mostrarei o caminho do Céu”, respondera ao pastorzinho que lhe indicava o caminho para Ars, ou seja, vou ajudá-lo a tornar-se santo.

“Por onde passam os santos, passa Deus com eles”, afirmaria mais tarde. No fim de seus dias, convidava cada pessoa a se deixar santificar por Deus, a buscar com todos os meios essa união com Deus, neste mundo e por toda a eternidade.

Com este propósito, convidamos a todos os nossos leitores a rezarem pelos sacerdotes que distribuíram os mistérios de Deus em sua vida e por todo o clero. Quanta demonstração de amor, do povo de Deus, para com o ministério de nossos presbíteros, isso porque agimos na pessoa de Cristo - e no exercício do nosso ministério! Que Graça! Que Dádiva! O Sacerdócio é um sublime dom de Deus.




Que Deus abençoe nossos sacerdotes e seminaristas e todos os religiosos e religiosas de nossa Administração Apostólica !

Fontes :
http://www.catequisar.com.br
http://www.santoantoniodf.com

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