Vida de São Maria Vianney  
Patrono da Administração Apostólica
João Maria Batista Vianney, era  de origem pobre e humilde, foi o quarto filho de Mateus e Maria  Vianney. Nasceu em 08 de Maio de 1786 em Dardilly/França. Foi batizado  no mesmo dia em que nasceu. Recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o  de Maria por especial devoção à Maria Santíssima. 
Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à  oração. Seus pais cultivavam no filho esse espírito religioso e de  piedade. Durante os anos da Revolução Francesa, quando a  igreja da vila foi fechada pela perseguição religiosa, ele continuava a  rezar. Aproveitava algum tempo no seu trabalho de cuidar de  animais, que realizava junto com seus irmãos. 
 
Quando jovem, caiu doente e passou quatorze meses  nos hospitais de Lyon e de Roanne e não pode entrar para o serviço  militar durante o império napoleônico. Desde pequeno queria ser padre, mas esbarrou em dois  obstáculos: pobreza e, sobretudo a falta de estudos. Em 1813, ele  ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon. O problema surgiu de  imediato; João Maria não entendia nada, e nas provas do primeiro mês  tirou notas baixas.
 
 
Insistiu em entrar na Congregação dos Irmãos das  Escolas Cristãs, mas não foi admitido pelas mesmas razões. Por causa  disto, ele foi mandado de volta para Ecully, para estudar Teologia com  seu amigo, padre Balley. Depois do curso, foi readmitido no Seminário. 
 
No dia 02 de Julho de 1814 foi ordenado Subdiácono. Depois  da batalha de Waterloo, quando os austríacos invadiram a região, João  Maria foi a pé por falta de transporte, para Grenoble onde em 13 de  Agosto de 1815, ele foi ordenado padre. No dia seguinte celebrou sua  primeira Missa! 
                     
Começou a sua vida sacerdotal como ajudante do bispo Balley. Em Janeiro de 1818 veio o novo pároco para Ecully,  mas ele tinha uma vida totalmente diferente do padre Vianney. A par da  simplicidade mais natural e de uma autêntica humildade, irradiava dele  algo superior à inteligência, que se manifestava nos conselhos que dava e  no jeito de conversar com as pessoas, de lhes sugerir soluções ou  confortá-las. 
 
O padre Vianney foi transferido para a paróquia da  Aldeia de Ars-em-Dombes. Cidade cuja a população era de 200 a 300  habitantes. No dia 9 de fevereiro de 1818, uma sexta-feira, o p chegou  em Ars, para cuidar de uma capela semi-abandonada. Veio em uma  carruagem, guiada por um paroquiano de Ecully, onde carregou seus  pertences e uma biblioteca com trezentos volumes. Apesar de pequena  instrução, gostava de ler livros. 
 
Ao chegar à cidadezinha ficou meio confuso, porque a  neblina cobria as casas. O entendimento foi difícil, pois o menino,  Antonio Givre, não sabia Francês e o dialeto de Ars era bem diferente de  Ecully. Então perguntou ao garoto: “Menino, onde está Ars?” O menino  apontou com o dedo dizendo-lhe: “É ali mesmo”. E João Maria Vianney  disse ao menino: “Você me ensinou o caminho de Ars, e eu lhe ensinarei o  caminho do céu”. 
 
O pequeno pastor Antonio Givre morreu alguns dias  depois dela. Um monumento de bronze, na entrada de Ars, lembra esse  primeiro encontro. O Padre entrou no povoado levando muitos sonhos e  esperanças. Quando chegou à paróquia de Ars, devolveu alguns móveis,  deixando somente o necessário. A sua alimentação era muito simples,  apenas algumas batatas cozidas. Ars era pequena no tamanho, mas enorme  quanto aos problemas: muitas casas de jogatina, de prostituição, de  vícios. A capela estava sempre vazia. Por isso dobrou seu tempo de  oração, de jejuns e penitências. Visitava as famílias e as convidava  para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à  capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e  a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens.  
Diante  disso, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura  perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu  soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
 
Ars Virou santuário com peregrinações. Pessoas  cultas de outras cidade iam ouvir as homilias do Cura d’Ars. Quando  algum padre lhe perguntava qual o segredo de tudo aquilo, o Padre  Vianney lhe respondia: “Você já passou alguma noite em oração? Já fez  algum dia de jejum?”. 
                
Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite.  Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia  confessar seus paroquianos. Passou a maior parte de sua vida no  confessionário. Chegava a ficar 14 horas confessando os paroquianos.  Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários  confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes,  etc. Ele marcava os horários para cada um. 
 
São João Vianney tinha em sua mente a exortação de  São Paulo: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17). Não falava com eloquência,  nas homilias perdia o fio da meada, atrapalhava-se, muitas vezes não  sabia como acabá-las cortava a frase e descia do púlpito acabrunhado. No  confessionário. No aconselhamento falava do bom Deus de forma tão  amorosa que todos saiam reconfortados. Não sabia usar palavras bonitas,  buscava termos do quotidiano das pessoas. Do confessionário seu nome  emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-Dombes para aldeias e  cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele  começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia,  mais de 80.000 por ano. 
 
Toda vez, antes de começar a Santa Missa, ele tocava  o sino, na torre em que ele construiu, para avisar que era hora do  cristão rezar, lembrar de Deus. Sua vida de intenso trabalho, pouca alimentação,  jejum e penitência, provocou um enfraquecimento. Aos 73 anos de idade,  na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe a  Unção dos Enfermos. Na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu  testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à Paróquia.  Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias  04 e 05, aproximadamente trezentos padres e uma incalculável multidão  desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir.
 São João Maria Vianney Padroeiro dos Párocos
Em 1929, o Papa Pio XI proclamou São João Maria Vianney padroeiro dos  párocos. Desde esta quadra, o Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4  de agosto, celebrado como “homem extraordinário e todo apostólico,  padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”. O  santo nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas  dificuldades foi ordenado sacerdote. Foi o responsável pela conversão da  cidade de Ars, no interior da França, e sua fama de conselheiro correu  por todo o mudo cristão. Morreu em 1858 e foi canonizado em 1925.
São  João Maria Vianney foi um sacerdote que viveu intensamente o seu  ministério sacerdotal. A sua vida girou em torno da evangelização, pois  não sossegou enquanto não converteu sua paróquia e cidade, que estavam  afastadas de Deus e da comunhão eclesial. Nesse sentido, o Papa Bento  XVI ilumina o nosso compromisso como presbíteros, neste ano dedicado ao  ministério presbiteral.
Então, interroguemo-nos: “O que significa  propriamente, para os sacerdotes, evangelizar? Em que consiste o  chamado primado do anúncio?”. Jesus fala do anúncio do Reino de Deus  como da verdadeira finalidade da sua vinda ao mundo e o seu anúncio não é  apenas um “discurso”. Inclui, ao mesmo tempo, o seu próprio agir: os  sinais e os milagres que realiza indicam que o Reino vem ao mundo como  uma realidade presente, que em última análise coincide com a sua própria  pessoa.
Neste sentido, é importante recordar que, também no  primado do anúncio, palavra e sinal são indivisíveis. A pregação cristã  não proclama “palavras”, mas Palavra, e o anúncio coincide com a própria  pessoa de Cristo, ontologicamente aberta à relação com o Pai e  obediente à Sua vontade. Portanto, um serviço autêntico à Palavra exige  da parte do sacerdote que tenda para uma aprofundada abnegação de si  mesmo, a ponto de dizer com o Apóstolo: “Já não sou eu que vivo, é  Cristo que vive em mim” (Gal 2,20).
O presbítero não pode  considerar-se “senhor” da palavra, mas servo. Ele não é a palavra, mas,  como proclamava João Baptista, é “voz” da Palavra: “Voz que brada no  deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mc  1,3). O Papa Bento XVI nos relembra que o presbítero age na pessoa de  Jesus Cristo, sendo Ele outro Cristo: “Alter Christus”, o sacerdote está  profundamente unido ao Verbo do Pai que, encarnando, assumiu a forma de  servo, se tornou servo (Fl 2,5-11).
O presbítero é servo de  Cristo, no sentido que a sua existência, ontologicamente configurada com  Cristo, adquire uma índole essencialmente relacional: ele vive em  Cristo, por Cristo e com Cristo na missão de salvar almas. Precisamente  porque pertence a Cristo, o presbítero encontra-se radicalmente ao  serviço dos homens: é ministro da sua salvação, nesta progressiva  assunção da vontade de Cristo, na oração, no “estar coração a coração”  com Ele. Assim, “esta é a condição imprescindível de cada anúncio, que  exige a participação na oferenda sacramental da Eucaristia e a  obediência dócil à Igreja”.
Na celebração da festa do Cura d’Ars  somos todos, sacerdotes pelo batismo, a refletir sobre o chamado  universal à santidade, como nos ensinou São João Maria Vianney: “Eu lhe  mostrarei o caminho do Céu”, respondera ao pastorzinho que lhe indicava o  caminho para Ars, ou seja, vou ajudá-lo a tornar-se santo.
“Por  onde passam os santos, passa Deus com eles”, afirmaria mais tarde. No  fim de seus dias, convidava cada pessoa a se deixar santificar por Deus,  a buscar com todos os meios essa união com Deus, neste mundo e por toda  a eternidade.
Com este propósito, convidamos a todos os nossos  leitores a rezarem pelos sacerdotes que distribuíram os mistérios de  Deus em sua vida e por todo o clero. Quanta demonstração de amor, do  povo de Deus, para com o ministério de nossos presbíteros, isso porque  agimos na pessoa de Cristo -  e no exercício do nosso ministério! Que  Graça! Que Dádiva! O Sacerdócio é um sublime dom de Deus.
Que Deus abençoe nossos sacerdotes e seminaristas e todos os religiosos e religiosas de nossa Administração Apostólica !
Fontes : 
http://www.catequisar.com.br
http://www.santoantoniodf.com